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Em busca da felicidade


A vida chega num ponto em que, muitas vezes, perdemos a fé nas coisas, nas pessoas e no mundo a nossa volta. E está tudo bem. Estranho seria se ninguém nunca se sentisse perdido num universo tão vasto quanto este em que habitamos. Estranho seria se uma vez na vida você não sentisse a vontade de “chutar o pé da mesa”, jogar tudo para o alto e desistir do que antes se tinha tanta certeza.  E esse é o nosso maior problema, termos tanta certeza sobre algo, para depois descobrirmos o contrário do que pensávamos. 

Vivemos em um mundo onde as certezas se tornaram obsoletas em meio a tantas oportunidades desconhecidas que nem imaginamos encontrar. 
Perante as perdas, a negatividade, e a fé ruindo sobre todas as coisas, existem os recomeços e a esperança de um novo dia que irá nascer. 
Afinal, o que seriamos sem os recomeços? As novas oportunidades, os novos lugares e as novas pessoas que insistem aparecer em nossos caminhos, convidadas pelo universo a nos fazer seres humanos melhores e de evolução constante.
Eu insisto no pensamento de que ninguém surge na nossa vida por acaso. Cada pessoa que passa pela nossa jornada, vem ou se vai por alguma razão. Seja para nos fazer crescer, seja para nos fazer transcender em nossa essência e luminosidade. Por isso, é tão importante não nos tornarmos refém de pessoas. Não tornar a nossa felicidade como responsabilidade de outro ser humano, que pode ficar ou simplesmente ir embora. Apenas nós somos responsáveis por ela, de maneira singular e particular. E, são as nossas particularidades que nos torna quem somos. 
São os nossos erros os responsáveis pelos caminhos que percorremos, assim como os nossos acertos e todas as demais decisões que possamos tomar ao longo da vida. 
Só saberemos se serão erros ou acertos, depois de tomadas as decisões. E isso leva tempo. A vida leva tempo, e o tempo à leva. 
Cada um de nós possui um ritmo, uma própria batida, um único pesar.  
Não é por que pessoas com a mesma idade que você estejam fazendo outras coisas, que você esteja no caminho errado. Você está onde deve estar. E não deve, em hipótese alguma, desistir dos seus sonhos. São apenas tempos diferentes, pessoas diferentes e circunstâncias diferentes. Você não deve se igualar aos seus familiares, amigos ou dar ouvidos a comentários alheios que lhe façam se sentir mal. 
Você deve investir na sua felicidade, usufruir das coisas que lhe fazem bem. Tome um café, um banho, se presenteie, faça uma viagem e se reinvente. Anote em um papel as coisas que você deseja e pouco a pouco, faça-as se tornarem verdade. 
Entenda que você, ao mesmo tempo em que se sente feliz com a conquista das pessoas a sua volta, deve ir à busca e se sentir realizado com as suas também. 
Escrevo por que é o que me parece mais inviolável, onde a minha alma se torna vulnerável a um simples lápis ou caneta. Não me vejo fazendo outra coisa nessa vida que não fosse me perpetuar à escrita. E sinto que esse é o nosso maior propósito no mundo, encontrar algo que amamos e nos agarrarmos a isso. Agarrarmo-nos as coisas invioláveis. Aos amores imperfeitos, e tudo o que se é intenso. Pois, a intensidade nos move, queiramos ou não. E é ela uma das principais responsáveis para que busquemos a nossa própria felicidade.

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