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A era das "blogueirinhas"


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Nos últimos tempos tenho visto diversas mulheres publicando vídeos, fotos ou comentando sobre em suas redes de uma das questões mais simplistas e ao mesmo tempo mais complexas e delicadas para serem debatidas: os padrões estéticos corporais. Essa nova aquisição do tema para debate me agrada, me acolhe e me mantém sã. Eu não me sinto mais sozinha para falar das minhas inseguranças com o meu corpo, e gostaria que mais mulheres pudessem se sentir assim também.

Apesar da idade, por anos passei e ainda passo por problemas relacionados a peso. Parece que tudo o que se atribui a revistas, filmes, livros e novelas, não se fazem mediante ao que é real, não se atrela as mulheres do dia a dia que possuem estrias, uns kg a mais e a palavra “gordo” se tornou ofensa, quando, na verdade, não é nada menos do que um titulo estereotipado, da mesma forma que ser magra demais também não deveria ser atribuído a algo ruim.
A falta de representatividade em diversas categorias sempre foi algo a desejar no universo midiático, mas esse cenário tem mudado de maneira considerável (não tanto quanto deveria, a meu ver). O que é algo sensacional! Se todo individuo pudesse ter um modo de partilhar suas ideias, medos e anseios mediante ao assunto e se sentisse representado no mundo das “blogueirinhas” em que vivemos, teriam menos pessoas com problemas relacionados, ou, ao menos, estes seriam pouco elaborados/ melhor tratados, com menor propensão a desenvolverem-se de maneira avassaladora.
A anorexia e a bulimia (dentre outras doenças que entram nesse meio) são problemas sérios e que devem ser tratados de maneira profissional. É um declínio a saúde física, mas também a saúde mental. Ambos o corpo e a mente atrelam-se. Quem possui esse tipo de distúrbio tem uma imagem totalmente distorcida de si mediante ao espelho, o que é péssimo e fica ainda pior quando amigos, familiares ou pessoas próximas tomam aquilo como “frescura”.
Segundo dados da Secretária de Saúde de São Paulo, 77% das jovens entrevistadas apresentaram propensão a desenvolver algum distúrbio alimentar ao longo da vida (mulheres jovens são as mais atingidas nesse meio, mas não significa que tais distúrbios dependam de gênero ou idade) e, 46% dizem que “mulheres magras são mais felizes”.
As pessoas ao me redor sempre me diziam que eu era magra, ou que eu não era nem magra-nem gorda, que estava “no ponto”. Não seja esse tipo de pessoa. Seja o tipo de pessoa que apoia o problema, que busca a solução, que se mantem ao lado. Tais dizeres nunca me reconfortaram ou soaram como verdade na mente, muito menos como elogios, apenas estereótipos – como disse anteriormente.
Se você está passando por uma situação parecida, já sabe o que vou dizer se não, deveria saber.
Não existe uma receita para a auto aceitação. É você, por você. Sempre vai ser.
Eu ainda estou aprendendo e tenho meus tropeços, mas uma coisa que me disseram de inicio, que achei bem bobo, mas que tem ajudado num nível fora de escala foi que a gente tem que se ver mais, se amar mais e se cuidar mais.
Tente pelo menos uma vez ao dia se encarar, sozinho, diante ao espelho e dizer a si mesmo frases empáticas. Com o tempo, se torna algo normal e gostoso de ser feito. O mundo precisa de afeto, de amor, de paz. Mas de nada adianta pedirmos paz ao mundo, se não estamos em paz com nós mesmos.
O mundo precisa de você, do jeito que é. Você só precisa ser linda (o) como você e não como as outras flores que passeiam por aí. São diversas as belezas existentes, são diversos os pontos de vista, e, por isso, cada um é um universo. E todos nós somos estrelas prestes a serem descobertas por outro alguém, ou, no melhor dos casos, descobertas por nós.

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