Sei que um dia, esse alguém irá aparecer. Seja numa balada, numa mesa de bar, numa carteira do colégio ou na faculdade, num evento entre amigos ou quando estiver sozinha a ler um livro por algum canto. Mas, por enquanto, estou bem. Muito bem, aliás.
Uns amigos meus, dizem que sou louca. Que devo procurar pela minha "metade da laranja", que isso de levar a vida no singular, não se encaixa nos planos da vida. Você deve ter um marido, lhe conceber dois filhos e adotar um cachorrinho para ter, por fim, encontrado a felicidade. É claro que existem pessoas que realmente encontram a felicidade apenas desse modo, mas para mim, é diferente.
Gosto de sentar no sofá naquelas tardes de domingo, ligar a televisão e fazer maratona de séries com direito a muita pipoca e suco de laranja. Sair entre amigas e voltar com mil e uma histórias para contar. Caminhar por aí, apenas por distração. Há certa beleza no singular, apesar de omitida muitas vezes por medo da solidão.
Se eu estiver sozinha ou acompanhada vou me divertir a mesmo modo, porque eu sou a minha metade da laranja. Eu me completo. E, sinto que para ser feliz com alguém, é necessário amor próprio. É necessário ser completo para que dois inteiros se transbordem. É preciso ser singular, para depois, e só depois, buscar ser plural e aí, a permanência vem como bônus. O querer permanecer, acontece por mera e espontânea vontade, porque aí, já é amor e quando é amor, não há quem resista em compartilhar tudo o que já era bom sozinho, agora à dois.
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